Com a chegada do período para entrega do Imposto de Renda 2025, muitos contribuintes se deparam com uma dúvida recorrente: devo optar pela declaração completa ou simplificada? Essa escolha pode impactar diretamente no valor do imposto a pagar ou no valor a ser restituído pela Receita Federal.
Escolher o modelo de declaração mais adequado depende do seu perfil financeiro, do volume de deduções que você teve ao longo do ano e da sua organização com comprovantes de despesas.
Neste artigo, a Gestão Inova Contabilidade vai explicar, de forma clara e objetiva, as diferenças entre os modelos, as vantagens e desvantagens de cada um e como identificar qual é a melhor opção para o seu caso.
Quais são os modelos disponíveis na declaração do Imposto de Renda?
Ao preencher sua declaração, o contribuinte pode escolher entre dois modelos:
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Declaração completa;
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Declaração simplificada.
Ambos os modelos devem conter as mesmas informações básicas: rendimentos, bens, dívidas e pagamentos efetuados. A diferença está no modo como são feitas as deduções da base de cálculo do imposto.
Como funciona a declaração simplificada?
A declaração simplificada é o modelo mais prático e rápido. Ao optar por ela, o contribuinte abre mão de todas as deduções legais (com saúde, educação, previdência, dependentes, etc.) e utiliza um desconto-padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis.
Características da declaração simplificada:
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O desconto de 20% é limitado a R$ 16.754,34 (valor atualizado para o ano-base 2024);
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O sistema calcula automaticamente o desconto;
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Não é necessário comprovar as despesas;
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Indicada para quem teve poucas ou nenhuma despesa dedutível.
É uma opção interessante para quem quer agilidade no preenchimento e não possui dependentes ou gastos relevantes com saúde e educação.
Como funciona a declaração completa?
A declaração completa permite que o contribuinte informe todas as despesas que podem ser legalmente deduzidas do Imposto de Renda, reduzindo a base de cálculo e, consequentemente, o valor do imposto.
Despesas dedutíveis na declaração completa:
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Despesas médicas (sem limite de valor);
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Despesas com educação (limitadas a R$ 3.561,50 por dependente);
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Pensão alimentícia judicial;
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Previdência oficial e previdência privada (PGBL);
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Despesas com dependentes (R$ 2.275,08 por dependente);
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Despesas com empregada doméstica (até 2024, havia essa dedução; em 2025, ela pode ter sido revogada, conforme atualização legislativa);
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Contribuições à previdência complementar até 12% da renda bruta anual.
A completa é ideal para quem teve muitas despesas dedutíveis, pois pode gerar um imposto menor a pagar ou uma restituição maior.
Comparativo: simplificada x completa
Critério | Declaração Simplificada | Declaração Completa |
---|---|---|
Desconto padrão | 20% sobre rendimentos tributáveis | Não se aplica |
Limite de desconto | R$ 16.754,34 | Não há limite para despesas médicas, por ex. |
Dedução de despesas | Não permite | Permite deduzir todas as despesas legais |
Comprovação de gastos | Não exigida | Sim, é necessário guardar comprovantes |
Complexidade do preenchimento | Menor | Maior (detalhamento exigido) |
Indicação | Para quem tem poucas deduções | Para quem tem muitas despesas dedutíveis |
Quando a declaração simplificada é a melhor opção?
A simplificada geralmente é mais vantajosa para quem:
✅ Não possui dependentes;
✅ Teve poucas despesas médicas ou com educação;
✅ Não contribuiu com previdência privada do tipo PGBL;
✅ Recebeu rendimentos de uma única fonte;
✅ Busca praticidade e não deseja reunir comprovantes.
Nesse modelo, o contribuinte ganha tempo e tem mais tranquilidade no processo de preenchimento, especialmente se não se organizou bem ao longo do ano para guardar recibos e notas.
Quando a declaração completa é mais vantajosa?
A declaração completa pode ser a melhor escolha para quem:
✅ Tem filhos ou outros dependentes;
✅ Gasta com plano de saúde e despesas médicas em geral;
✅ Paga mensalidades escolares (ensino fundamental, médio ou superior);
✅ Contribui com previdência privada PGBL;
✅ Paga pensão alimentícia judicialmente definida;
✅ Deseja deduzir valores que, somados, superam os R$ 16.754,34 do desconto-padrão da simplificada.
Se você possui essas características e tem todos os comprovantes organizados, a declaração completa pode reduzir bastante sua base tributável, garantindo uma restituição maior ou menor imposto a pagar.
Como saber qual modelo vale mais a pena?
A boa notícia é que o próprio programa da Receita Federal faz o cálculo comparativo entre os dois modelos. Após o preenchimento de todas as informações, ele mostra automaticamente qual modelo resulta em menos imposto ou maior restituição.
Você pode simular as duas formas:
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Preencha normalmente a declaração completa;
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Clique para alterar para simplificada e veja a diferença no resultado;
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O próprio sistema indicará qual modelo é mais vantajoso financeiramente.
Essa funcionalidade permite uma escolha segura e estratégica. No entanto, é preciso preencher corretamente todos os dados para que a simulação seja fiel à realidade.
Atenção aos detalhes: erros comuns a evitar
Ao decidir entre os dois modelos, é importante ficar atento a alguns pontos:
🔴 Não incluir todas as despesas dedutíveis pode prejudicar a análise e levar à escolha errada;
🔴 Informar valores incorretos ou inventar deduções pode resultar em malha fina;
🔴 Declarar dependentes sem seguir os critérios da Receita pode anular as deduções;
🔴 Confundir os tipos de previdência (PGBL e VGBL) pode comprometer a dedução — somente o PGBL é dedutível;
🔴 Deixar para decidir na última hora pode limitar sua capacidade de buscar comprovantes e escolher com calma.
Por isso, sempre conte com o apoio de um contador para analisar seu caso com profundidade.
Declaração pré-preenchida: ela escolhe o modelo ideal?
A declaração pré-preenchida é uma facilidade disponível para quem tem conta gov.br nível prata ou ouro. Ela traz automaticamente:
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Rendimentos informados por fontes pagadoras;
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Informações de saúde e educação (quando informadas pelos prestadores);
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Dados bancários, imóveis e veículos (em alguns casos);
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Informações de dependentes e fontes pagadoras.
Apesar de facilitar o preenchimento, ainda é o contribuinte quem escolhe o modelo da declaração. Ou seja, é necessário revisar os dados e simular os dois modelos para ver qual é mais vantajoso.
Conclusão: qual modelo vale mais a pena?
A escolha entre declaração completa ou simplificada depende da realidade fiscal e financeira de cada contribuinte. Não existe uma opção melhor para todos — o que existe é o modelo que mais favorece seu bolso, de acordo com suas despesas, deduções e organização de documentos.
Se você teve muitas despesas com saúde, educação, dependentes e previdência, a declaração completa tende a ser a melhor opção. Mas, se você não possui gastos significativos ou prefere praticidade, a simplificada pode ser mais interessante.
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