Declaração completa ou simplificada qual é a melhor opção (3)

Declaração completa ou simplificada: qual é a melhor opção?

Com a chegada do período para entrega do Imposto de Renda 2025, muitos contribuintes se deparam com uma dúvida recorrente: devo optar pela declaração completa ou simplificada? Essa escolha pode impactar diretamente no valor do imposto a pagar ou no valor a ser restituído pela Receita Federal.

Escolher o modelo de declaração mais adequado depende do seu perfil financeiro, do volume de deduções que você teve ao longo do ano e da sua organização com comprovantes de despesas.

Neste artigo, a Gestão Inova Contabilidade vai explicar, de forma clara e objetiva, as diferenças entre os modelos, as vantagens e desvantagens de cada um e como identificar qual é a melhor opção para o seu caso.

Quais são os modelos disponíveis na declaração do Imposto de Renda?

Ao preencher sua declaração, o contribuinte pode escolher entre dois modelos:

  • Declaração completa;

  • Declaração simplificada.

Ambos os modelos devem conter as mesmas informações básicas: rendimentos, bens, dívidas e pagamentos efetuados. A diferença está no modo como são feitas as deduções da base de cálculo do imposto.

Como funciona a declaração simplificada?

A declaração simplificada é o modelo mais prático e rápido. Ao optar por ela, o contribuinte abre mão de todas as deduções legais (com saúde, educação, previdência, dependentes, etc.) e utiliza um desconto-padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis.

Características da declaração simplificada:

  • O desconto de 20% é limitado a R$ 16.754,34 (valor atualizado para o ano-base 2024);

  • O sistema calcula automaticamente o desconto;

  • Não é necessário comprovar as despesas;

  • Indicada para quem teve poucas ou nenhuma despesa dedutível.

É uma opção interessante para quem quer agilidade no preenchimento e não possui dependentes ou gastos relevantes com saúde e educação.

Como funciona a declaração completa?

A declaração completa permite que o contribuinte informe todas as despesas que podem ser legalmente deduzidas do Imposto de Renda, reduzindo a base de cálculo e, consequentemente, o valor do imposto.

Despesas dedutíveis na declaração completa:

  • Despesas médicas (sem limite de valor);

  • Despesas com educação (limitadas a R$ 3.561,50 por dependente);

  • Pensão alimentícia judicial;

  • Previdência oficial e previdência privada (PGBL);

  • Despesas com dependentes (R$ 2.275,08 por dependente);

  • Despesas com empregada doméstica (até 2024, havia essa dedução; em 2025, ela pode ter sido revogada, conforme atualização legislativa);

  • Contribuições à previdência complementar até 12% da renda bruta anual.

A completa é ideal para quem teve muitas despesas dedutíveis, pois pode gerar um imposto menor a pagar ou uma restituição maior.

Comparativo: simplificada x completa

Critério Declaração Simplificada Declaração Completa
Desconto padrão 20% sobre rendimentos tributáveis Não se aplica
Limite de desconto R$ 16.754,34 Não há limite para despesas médicas, por ex.
Dedução de despesas Não permite Permite deduzir todas as despesas legais
Comprovação de gastos Não exigida Sim, é necessário guardar comprovantes
Complexidade do preenchimento Menor Maior (detalhamento exigido)
Indicação Para quem tem poucas deduções Para quem tem muitas despesas dedutíveis

Quando a declaração simplificada é a melhor opção?

A simplificada geralmente é mais vantajosa para quem:

Não possui dependentes;

Teve poucas despesas médicas ou com educação;

✅ Não contribuiu com previdência privada do tipo PGBL;

✅ Recebeu rendimentos de uma única fonte;

✅ Busca praticidade e não deseja reunir comprovantes.

Nesse modelo, o contribuinte ganha tempo e tem mais tranquilidade no processo de preenchimento, especialmente se não se organizou bem ao longo do ano para guardar recibos e notas.

Quando a declaração completa é mais vantajosa?

A declaração completa pode ser a melhor escolha para quem:

✅ Tem filhos ou outros dependentes;

✅ Gasta com plano de saúde e despesas médicas em geral;

✅ Paga mensalidades escolares (ensino fundamental, médio ou superior);

✅ Contribui com previdência privada PGBL;

✅ Paga pensão alimentícia judicialmente definida;

✅ Deseja deduzir valores que, somados, superam os R$ 16.754,34 do desconto-padrão da simplificada.

Se você possui essas características e tem todos os comprovantes organizados, a declaração completa pode reduzir bastante sua base tributável, garantindo uma restituição maior ou menor imposto a pagar.

Como saber qual modelo vale mais a pena?

A boa notícia é que o próprio programa da Receita Federal faz o cálculo comparativo entre os dois modelos. Após o preenchimento de todas as informações, ele mostra automaticamente qual modelo resulta em menos imposto ou maior restituição.

Você pode simular as duas formas:

  1. Preencha normalmente a declaração completa;

  2. Clique para alterar para simplificada e veja a diferença no resultado;

  3. O próprio sistema indicará qual modelo é mais vantajoso financeiramente.

Essa funcionalidade permite uma escolha segura e estratégica. No entanto, é preciso preencher corretamente todos os dados para que a simulação seja fiel à realidade.

Atenção aos detalhes: erros comuns a evitar

Ao decidir entre os dois modelos, é importante ficar atento a alguns pontos:

🔴 Não incluir todas as despesas dedutíveis pode prejudicar a análise e levar à escolha errada;

🔴 Informar valores incorretos ou inventar deduções pode resultar em malha fina;

🔴 Declarar dependentes sem seguir os critérios da Receita pode anular as deduções;

🔴 Confundir os tipos de previdência (PGBL e VGBL) pode comprometer a dedução — somente o PGBL é dedutível;

🔴 Deixar para decidir na última hora pode limitar sua capacidade de buscar comprovantes e escolher com calma.

Por isso, sempre conte com o apoio de um contador para analisar seu caso com profundidade.

Declaração pré-preenchida: ela escolhe o modelo ideal?

A declaração pré-preenchida é uma facilidade disponível para quem tem conta gov.br nível prata ou ouro. Ela traz automaticamente:

  • Rendimentos informados por fontes pagadoras;

  • Informações de saúde e educação (quando informadas pelos prestadores);

  • Dados bancários, imóveis e veículos (em alguns casos);

  • Informações de dependentes e fontes pagadoras.

Apesar de facilitar o preenchimento, ainda é o contribuinte quem escolhe o modelo da declaração. Ou seja, é necessário revisar os dados e simular os dois modelos para ver qual é mais vantajoso.

Conclusão: qual modelo vale mais a pena?

A escolha entre declaração completa ou simplificada depende da realidade fiscal e financeira de cada contribuinte. Não existe uma opção melhor para todos — o que existe é o modelo que mais favorece seu bolso, de acordo com suas despesas, deduções e organização de documentos.

Se você teve muitas despesas com saúde, educação, dependentes e previdência, a declaração completa tende a ser a melhor opção. Mas, se você não possui gastos significativos ou prefere praticidade, a simplificada pode ser mais interessante.

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