Setembro Amarelo: Alerta sobre a prevenção ao suicídio

A campanha setembro amarelo é um evento anual cujo objetivo é ressaltar a importância de apoiar as pessoas em situação de vulnerabilidade emocional. 

De acordo com informações do site oficial da Câmara dos Deputados, a cada 45 segundos morre uma pessoa vítima de suicídio no Brasil. 

A situação não é uma particularidade do nosso país, pois são 16 milhões de tentativas no mundo contabilizadas. 

Ou seja, esse número pode ser ainda maior, uma vez que nem todos os casos são registrados.

O alto índide de depressão, ansiedade, Transtorno Bipolar e TDAH entre adultos e crianças é um motivo preocupante, pois muitas vezes precede ao suicídio. 

É preciso dar atenção especial  a esse assunto, a campanha do setembro amarelo reforça a importância de conversarmos sobre ele. 

Setembro amarelo: uma campanha para vencer tabus

O suicídio não é algo novo e seu acontecimento é carregado de tabus e preconceitos que acompanharam as pessoas ao longo da história. 

Seja por crenças ou questões religiosas, o assunto era sempre alvo de medo ou vergonha, por isso, muitas pessoas evitavam até mesmo comentar. 

Além disso, há ainda as questões de culpa pelo ato cometido, uma vez que acreditava-se que os suicidas sofreram condenação eterna.

Com o objetivo de estimular a discussão sobre o assunto e ao mesmo tempo esclarecer dúvidas e oferecer apoio às pessoas que sofrem, a OMS escolheu 10 de setembro como dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. 

Embora a campanha tenha surgido nos Estados Unidos devido à morte de um jovem talentoso de apenas 17 anos em 1994, ela se espalhou por outras regiões.

Em um ato solidário, seus amigos entregaram fitas amarelas em seu velório com o objetivo de oferecer ajuda a quem precisava, evitando assim o suicídio. 

A cor escolhida é uma forma de homenagear o jovem Mike, pois sua especialidade era restaurar qualquer mustang e pintá-lo de amarelo.

Pedir ajuda é o caminho mais seguro para que as pessoas se sintam amparadas e não busquem no suicídio a saída para seu sofrimento. 

Ademais, quanto mais discutimos sobre o assunto, maiores são os esclarecimentos e mais preparados estaremos para oferecer ajuda às pessoas que sofrem. 

Prevenção ao suicídio: uma preocupação de todos

Embora os transtornos emocionais sejam fatores de risco para o suicídio, algumas questões podem influenciar na tomada de decisão. 

O isolamento social voluntário ou não, falta de controle sobre as emoções e dificuldades para lidar com frustrações, são fatores de risco para o suicídio. 

Além disso, a perda de entes queridos, histórico de suicídio na família e uma vida com traumas em qualquer fase podem desencadear o desejo de suicídio. 

Mudar nosso olhar sobre o quando é de vital importância, uma vez que nem todas as pessoas querem de fato tirar a própria vida, mas sim acabar com o sofrimento. 

O diagnóstico de transtornos é um motivo de preocupação, pois precisam ser tratados de forma adequada, com médico especialista e prescrição de medicamentos, quando necessário. 

Em alguns casos, é preciso acompanhar a pessoa até uma consulta médica e ainda auxiliar na administração dos medicamentos. 

Em situações mais complexas, a pessoa não consegue agir por si própria e vê no suicídio uma saída para aliviar seu sofrimento. 

Setembro amarelo: fique atento aos sinais

Os motivos que levam uma pessoa ao suicídio podem ser os mais variados e a maioria deles acompanha a vítima e nunca serão revelados. 

No entanto, é possível ficar atento a alguns sinais expressivos por parte de quem está sentindo o desejo de suicidar. 

Alguns comportamentos e falas merecem atenção especial e podem sinalizar a pretensão de tirar a própria vida. 

Desejo de vingança insistente, expressões ressaltando que a vida não vale a pena ou que não faz sentido continuar vivendo, são frases que demonstram vontade de não continuar vivendo. 

Iniciativas para fazer testamento ou resolver questões que há muito tempo estão pendentes, seja nos negócios ou nos relacionamentos. 

Demonstrar uma aparência de calma e tranquilidade, após ter vivido períodos de depressão profunda ou desequilíbrio emocional também são considerados comportamentos preocupantes. 

Se a pessoa já tentou suicídio uma vez, é importante ficar atento a comportamentos diferentes dos habituais, pois podem antever outra tentativa. 

Setembro amarelo: cuidar da saúde mental é importante

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que o Brasil continua como líder no ranking de país com maior número de pessoas ansiosas e depressivas do mundo. 

A situação se tornou ainda mais grave durante a pandemia, cujo aumento de casos ficou em cerca de 25%.

No entanto, os altos índices de contágio e morte causados pelo novo coronavírus fizeram com que como medida de segurança fosse promovido o isolamento social. 

Tal situação agravada pelo medo, intensificou a ocorrência de problemas emocionais, mostrando a necessidade de atenção especial aos transtornos mentais. 

Ignorá-los ou não buscar o tratamento adequado são iniciativas que podem trazer prejuízos, visto que o problema tem maior tendência a se agravar. 

Cultivar uma vida mais tranquila, com hábitos saudáveis é uma forma de cuidar da sua saúde mental. 

Manter uma carga horária menos extenuante, investir em hobbies e atividades que lhe dêem prazer, dormir bem e descansar são fundamentais para ter uma vida mais tranquila e satisfatória. 

Outro fator importante é não esperar o adoecimento mental para buscar ajuda. A prática da terapia com profissionais especializados é fundamental para promover o autoconhecimento. 

Esse,  por sua vez, é de grande ajuda para que o ser humano possa conhecer suas emoções e aprender a conviver com elas de uma forma muito mais agradável. 

Além disso, o autoconhecimento contribui para que a pessoa possa identificar os gatilhos emocionais que o fazem ficar triste e como criar estratégias para enfrentar esses momentos de forma confortável.

Conclusão

A campanha setembro amarelo é uma maneira de lembrar o valor da vida e o quanto buscar ajuda para enfrentar os momentos difíceis é importante. 

No entanto, não é somente nesse mês que devemos tomar iniciativas em prol das pessoas que sofrem. 

A conscientização e a busca por ajuda é a melhor forma de prevenir o suicídio e assim valorizar a vida como a nossa maior riqueza. 

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